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    Ausência de fluxo de caixa e utilização de recursos da empresa para quitar dívidas pessoais ainda estão entre principais erros cometidos por proprietários e gestores de academias de pequeno porte

    Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), grande parte das academias do País é de pequeno porte. E se é verdade que o mercado continua em franca expansão, também não se pode ignorar que o aumento da concorrência exige, por outro lado, que certas lições de casa sejam cumpridas com maestria.

    Para sobreviver ao ambiente competitivo, não basta investir em infraestrutura, atendimento de qualidade e aulas inovadoras. Também é preciso dar atenção especial à gestão financeira do negócio.

    Segundo Marco Túlio Pimenta, consultor de mercado, o primeiro passo a ser tomado por uma academia de pequeno porte é não confundir as despesas pessoais dos sócios com as contas da empresa. “Esse ainda é um erro muito comum nas pequenas academias. Devemos realizar uma separação entre pessoa física e pessoa jurídica. Com isso, o patrimônio dos sócios jamais se confunde com o patrimônio da organização. O que ocorre muitas vezes é que o empresário desinformado crê que a empresa e ele são uma coisa só, como se fossem fundidos”, alerta.

    Pimenta ressalta que o dono pode, sim, retirar dinheiro do negócio, mas por meio de um pró-labore suficiente para sua sobrevivência. O valor deve corresponder ao salário ou à parte dos lucros da empresa. Qualquer retirada diferente dessas condições representa a apoderação inapropriada de recursos.

    Atualmente, grande parte das pequenas empresas do mercado fitness não possui nenhum tipo de controle sobre suas finanças. “Se você não controla, como pode gerenciar o negócio? Esse controle pode ser por meio de um software específico, planilhas eletrônicas, papel e caneta. Não importa o método. O que importa é que um sistema de controle norteie efetivamente”, ressalta Pimenta.

    Segundo o consultor, tudo o que for gasto na academia deve ser imediatamente registrado. “De nada adianta ter um excelente software ou uma planilha de Excel que faz uma porção de coisas, se o registro de dados é esquecido ou feito posteriormente com imprecisão.”

    Fluxo de caixa para academias de pequeno porte

    Outro erro grave cometido com frequência por academias de pequeno porte é a não realização do fluxo de caixa. Trata-se do registro de todos os valores que entraram ou saíram em um período de tempo. O empresário fitness precisa saber quanto dinheiro, cheques ou pagamentos em cartão ele recebeu em cada dia do mês.

    “Ele deve saber de onde essas importâncias vieram, se foi de mensalidades, planos, venda de produtos etc. Deve ainda saber quanto saiu de dinheiro e, principalmente, para onde esse dinheiro foi. Somente com um fluxo de caixa bem feito é possível planejar o futuro do pequeno negócio com vistas a sua sobrevivência e prosperidade”, ressalta.

    A criação de um livro de caixa, que registre diariamente todos os fatos e valores que provoquem alterações no saldo também merece destaque. Com os registros bem organizados, é possível realizar análises sobre o que já aconteceu, além do que poderá ocorrer no futuro, em termos financeiros.

    O consultor afirma que se o proprietário de uma pequena academia não tem condições de comprar um software ou elaborar um excelente fluxo de caixa por meio de uma planilha eletrônica, ele pode utilizar lápis e papel.

    “Evidentemente, ele terá um trabalho maior e gastará mais tempo. Mas já vi resultados invejáveis em folhas de papel, bem simples mesmo. Se o proprietário tiver disciplina e regularidade nas anotações, qualquer fluxo de caixa servirá de instrumento para ajudar na tomada de decisões”, pondera o consultor.

    Conselhos que valem ouro!

    Marco Túlio Pimenta dá outras dicas para implementar ou aprimorar um modelo de gestão financeira em pequenas e médias academia. Veja!

    1. Estrutura de capital

    Os empresários devem saber qual é a proporção ideal de capital (dinheiro) que cada sócio deve colocar no negócio, além de ter controle sob a quantidade de empréstimos de curto ou longo prazo.

    2. Alocação de recursos

    Um gestor precisa entender qual é a alocação mais eficiente que ele pode fazer nas contas de seu ativo.

    Isso significa que deve saber quanto dinheiro deve deixar no caixa, no banco ou em aplicações de curto prazo. Saber quais são os recebíveis no curto prazo, a soma de dinheiro que deve permanecer imobilizado em equipamentos da academia também é indispensável.

    Agora que você conhece a importância da gestão financeira para uma academia de pequeno porte, descubra como serviços inovadores podem ajudar a atrair e engajar clientes.