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    Entenda como a rede de academias superou os desafios de um ano de crise e vem expandindo sua operação no Brasil e América Latina, com a previsão de inauguração de unidades no México.

    O mercado de academias de baixo custo, também conhecidas como low cost, vem despontando como um dos modelos de negócio mais promissores da indústria fitness. Esse modelo busca oferecer diversos serviços e atividades fitness aos clientes por um custo reduzido. 

    Para entender um pouco mais sobre como está sendo a experiência de gerir uma rede de academias low cost durante a pandemia, conversamos com André Panobianco, Sócio Proprietário da rede de academias Panobianco, fundada em 2012 com o objetivo de democratizar o acesso às atividades físicas, oferecendo um ótimo serviço por um preço acessível. Confira como foi o bate-papo:

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    A retomada pós crise 

    O ano de 2020 certamente foi desafiador e cheio de aprendizados para todo o mercado fitness. André afirma que apesar dos desafios e adaptações, estão muito satisfeitos com os resultados da retomada em 2021. “A Panobianco não teve nenhuma operação encerrada e temos observado uma retomada de clientes. Sentimos que, mais do que nunca, houve crescimento na procura por atividades físicas e, consequentemente, academias.”  

    Sobre o retorno dos antigos alunos, André ressalta: “O ano de 2021 tem sido um ano bom. Ainda não conseguimos recuperar 100% dos alunos do período pré-pandemia, mas estamos próximos disso e com ótimas expectativas.”

    Essa alta na procura a partir do início deste ano, mostra a crescente preocupação dos consumidores com a saúde e bem estar. Em uma pesquisa recente, a The Brandon Agency em seu relatório, The New Fitness and Nutrition Consumer, mostra que o fitness como aliado no bem-estar mental e físico será a prioridade máxima para os consumidores. E ainda, um estudo recente da IHRSA, “O consumidor fitness na Era COVID”, mostrou os impactos da pandemia na saúde mental e concluiu que 41% dos frequentadores de academias estão preocupados com sua saúde mental. 

    Afirmações como essas empolgam gestores de academias em todo o país, projetando um segundo semestre de 2021 excelente e um 2022 de recordes de faturamento e novos alunos. 

    Expansão da rede de Academias Panobianco: 

    Ainda sobre as expectativas de expansão da marca Panobianco, André demonstrou a objetividade na estratégia da marca: "À medida em que fomos percebendo o final da pandemia, passamos a ‘nos soltar’. Já no segundo semestre de 2021 a busca por investimento em franquias Panobianco esquentou bastante: só no mês de agosto assinamos 16 novos contratos de franquia.”

    Hoje a Panobianco conta com 73 unidades em funcionamento e estão previstas mais 10 inaugurações até o final de setembro. Além disso, a rede ainda tem aproximadamente 65 unidades em fase de pré-lançamento, com previsão de inauguração para os próximos 12 meses.

    E quando o assunto é expansão internacional André afirma, orgulhoso, que esse já é um tema em andamento, com unidades Panobianco no México em fase de planejamento, com previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2022.

    Em termos de expansão internacional confirmada podemos citar o México, que já está num estágio avançado. Mas também estamos vislumbrando outros países, mas apenas em fase de planejamento por hora.” 

    Academias low cost, uma tendência que veio para ficar.

    Um estudo recente do banco de investimentos Credit Suisse prevê um crescimento de até 19% no mercado de bem-estar até 2024. E num momento de crise como o que vivemos, opções que ofereçam uma boa estrutura, além de atividades diversas e de qualidade por um custo menor, despontam como excelentes opções. O empresário ressalta que o segmento de academias low cost é “um mercado que veio para ficar e tem tudo para crescer.” Nesse sentido, os principais diferenciais do modelo de negócio são a sua acessibilidade, oferecimento de serviços que não deixam a desejar em relação a academias mais caras e o surgimento cada vez mais constante de novos concorrentes no segmento.

    Estamos em um mercado que é cada vez mais competitivo, o que nos permite muita inovação, refletida em melhorias para o cliente. Nos próximos anos veremos um crescimento expressivo no número de academias low cost. Já identificamos esse crescimento, e estamos preparados para nos fundamentar entre as principais redes de academias low cost, expandindo nossa operação por todo território nacional e por outros países”, afirma Panobianco. 

    A estratégia da Panobianco 

    André aponta a empatia como principal estratégia de sucesso, especialmente durante a pandemia: ”Buscamos sentar na cadeira do cliente e fazer tudo que fosse possível para não afetá-lo durante a crise. Congelamos todas as cobranças enquanto as unidades estavam fechadas, pois esse foi um momento de incertezas para todos.” 

    Ele aponta também a interatividade e incentivo às práticas esportivas mesmo dentro de casa como outros diferenciais. "Criamos aplicativos de treinos e fomos presença constante nas redes sociais buscando motivar os alunos a se exercitarem durante o fechamento das academias, através de lives de treino, desafios e workshops."

    Vale ressaltar que o fato de adotarem esse tipo de estratégia, permitindo que o público em geral fosse beneficiado, e não só os seus clientes, também contribuiu para o reconhecimento de marca como referência no segmento. Pensar além de seus clientes é uma grande tendência, pois fomenta o bem-estar físico e mental para o público de maneira geral.

    Colaboradores como peça fundamental

    Como gestor, André demonstra muita preocupação com seus colaboradores e, sobretudo, com a preservação de empregos durante a crise. “Fizemos uso dos benefícios do governo para preservação de empregos, além disso nos orgulhamos de não ter realizado desligamentos em razão da pandemia.”

    Além disso, a Panobianco aproveitou o tempo de fechamento para investir em capacitação da equipe, oferecendo treinamentos e buscando sempre melhorar a experiência final dos clientes.

    Pra inspirar

    Por fim, André Panobianco nos deixa uma mensagem inspiradora, capaz de motivar outros gestores a aproveitarem as oportunidades que surgem durante períodos difíceis: “Sempre temos que olhar o copo meio cheio. Se tem algo que a crise trouxe foram oportunidades. Desde negócios, oportunidades imobiliárias, mas principalmente inovação: oportunidades de observar mudanças de comportamento dos consumidores e entregar ao cliente mais saúde - visto que vivemos uma crise de saúde.”

    Para o empresário, só o fato de adotar uma postura otimista, já pode ser encarado como uma grande vantagem, colocando gestores otimistas um passo à frente dos demais.

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