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    O mundo mudou e os serviços digitais estão remodelando o cenário fitness. Novos modelos de negócio – como o omnichannel - estão surgindo conforme configuramos o que chamamos do novo normal. Entenda como essa tendência vem sendo introduzida na indústria e como você poderá oferecê-la em sua academia.

    O mundo mudou e os serviços digitais estão remodelando o cenário do mercado fitness. Para sobreviver ao clima atual de negócios - nada normal - os proprietários de academias precisam ser capazes de operar dois negócios ao mesmo tempo: um no solo e outro na nuvem. 

    A maneira como eles se posicionam, integram, monetizam e executam essas ofertas, podem tanto fazer com seus negócios se tornem bem sucedidos como podem acabar quebrando. 

    A indústria fitness, como muitas outras, agora repousa, de forma um tanto precária, em cima do muro. Vai inclinar um pouco para trás? Ou vai se inclinar fortemente para a frente? O resultado pode muito bem depender de sua experiência em "omnichannel". 

    A pandemia COVID-19 transformou rapidamente o fornecimento de uma ampla variedade de serviços digitais, que vão desde opcionais a essenciais para as academias. Os aplicativos há muito fornecem aos membros a possibilidade de efetuar o check-in, pagar contas, programar aulas e acessar outros serviços, mas, como se constatou, isso era apenas a ponta do iceberg.  

    Hoje, os consumidores desejam e, cada vez mais, exigem acesso a treinamento interativo e conteúdo educacional quando e onde quiserem. Se você não o fornecer, outra pessoa o fará. Esse portfólio online de recursos interligados é descrito como "omnichannel" e as instalações que o dominam são chamadas de academias omnichannel. 

    Equipado com tecnologia móvel em nuvem, os sistemas conferem inúmeros benefícios, permitindo que as academias aprimorem e aumentem a eficiência de algumas operações. Eles podem gerar receita por meio de upsell e promoções de marketing; reduzir despesas automatizando serviços básicos para membros; e minimizar os custos de mão de obra, utilizando mensagens de IA (Inteligência artificial), aprendizado de máquina e chatbots para executar funções que antes exigiam uma equipe de funcionários. 

    Mas é na área de bem-estar e treinamento físico que o omnicanal produz o maior retorno e retenção em termos de aprimoramento da experiência do cliente. Durante as semanas mais rígidas de pedidos de permanência em casa, as plataformas digitais que forneciam treinamento pessoal sob demanda e instruções de aula por streaming se tornaram o principal elo entre muitas academias e seus membros. 

    A oferta atende à demanda 

    Um fornecedor que viu a demanda por seus serviços crescer durante o lockdown foi a FunXtion, uma empresa de tecnologia de fitness digital com sede em Amsterdã, na Holanda. 

    A empresa está presente em 23 países e planeja se expandir para os Estados Unidos este ano: 

    "Vimos um aumento nas solicitações de aplicativos de marca e integrações de conteúdo, principalmente na forma de aulas virtuais. A academias que tinham ofertas digitais robustas durante a pandemia continuaram a ser importantes em suas comunidades porque puderam estar com seus membros, quando e onde eles precisavam," relata o cofundador Ernst de Neef. 

    Como nos EUA, o mercado europeu está nos estágios iniciais de reabertura. As academias ainda estão desenvolvendo estratégias de distanciamento, mas, mesmo quando algo parecido com a normalidade aparecer, o digital continuará desempenhando um papel fundamental: 

    "Mais empresas estão pensando em serviços digitais completos que atendam os membros em todas as demandas ao longo de sua jornada fitness. Aplicativos de marca, aulas virtuais, streaming e integração de conteúdo são os mais demandados por organizações que já têm uma oferta digital e desejam aprimorá-la", explica de Neef.  

    Daniel Freedman, co-CEO da BurnAlong, uma empresa de tecnologia com sede em Baltimore, diz que a crescente demanda por serviços omnichannel é uma tendência que veio para ficar: 

    “Acreditamos fortemente que o futuro passará por essa relação simbólica entre o online e o offline. A atual crise de saúde acelerou o movimento nessa direção." 

    BurnAlong, que atende uma clientela internacional de cerca de 1000 academias e studios, utiliza um modelo especial de compartilhamento de receita. Ele permite que uma academia use seus próprios treinadores para criar conteúdo, que é então adicionado à biblioteca existente das sessões sob demanda da BurnAlong. 

    Os consumidores que criam contas individuais podem acessar o extenso menu de ofertas da BurnAlong e, até mesmo, convidar seus amigos para treinar com eles em uma sessão ao vivo. 

    A BurnAlong também trabalha com universidades, seguradoras e programas de bem-estar corporativo - entidades fora da indústria - para apresentar os instrutores de uma academia a clientes em potenciais para o mercado: 

    “Os membros podem se exercitar em casa com um de seus instrutores favoritos, em vez de usar Peloton, Mirror, Beachbody ou algum outro concorrente. E os não membros podem assistir aquele instrutor e decidir dar uma olhada em sua academia", observa Freedman.