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    Os chamados Baby Boomers, pessoas que nasceram entre as décadas de 1940 e 1960, até 2030, estarão completando em torno de 65 anos. Apesar de representarem uma grande parte da população, a sua influência no comportamento dos consumidores está cada vez menor. Em seu lugar, as gerações Y (também conhecidos como millenials) e Z representarão 80% da força de trabalho na próxima década. De acordo com o 2019 Health Club Consumer Report da IHRSA, eles já são 38% dos integrantes de academias – e esta porcentagem está prevista para aumentar em até 50%.

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    O que difere estas gerações das anteriores é, principalmente, o fato de que nasceram “nativas” no meio digital. Essas pessoas buscam uma dinâmica diferenciada de atendimento, e, uma vez que estão no caminho para se tornarem majoritárias no mundo todo, é necessário entender as suas vontades para oferecer serviços que se adequem às suas necessidades. “Os desafios trazidos pelas diferenças intergeracionais estão criando um ambiente em que as empresas devem se adaptar rapidamente a fim de não perderem relevância no mercado”, reafirma a pesquisa.

    A geração Y: emotivos, criativos e digitalmente engajados

    Nascidos entre 1980 e 1999, a geração Y é a primeira geração de nativos digitais da história. No presente, representam menos que 30% da população mundial. Na década de 2020, essa geração vai ser formada por adultos de 21 a 40 anos. Este perfil apresenta uma personalidade mais desapegada, criativa e antenada. São mais propensos a usar o cartão de crédito para despesas não essenciais, e gastam cerca de 5-7 horas por dia no celular.

    O seu diferencial está na preferência por aplicativos de celular e o vício nas plataformas de navegação. Conforme demonstra a pesquisa, 90% deles estão nas mídias sociais; 60% produz algum tipo de conteúdo, a maioria em forma de vídeo; 40% deles acredita que o seu influenciador favorito os entende melhor que seus amigos.

    No que se refere aos hábitos de consumo, 86% afirma que a indicação pela internet é a primeira forma de contato com as marcas. “Eles querem ter um diálogo contínuo com as marcas que amam. São significativamente mais engajados com as organizações do que as gerações anteriores, mas ainda assim mais prováveis de terminar este relacionamento por problemas de confiança.” Para eles, as três coisas mais importantes a serem consideradas são o comportamento ético da empresa (36%), a habilidade de proteção de dados (28%) e o tipo de campanha e propaganda que o negócio promove (28%).

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    A geração Z: analíticos, desapegados e conectados

    Trata-se das pessoas nascidas entre 1990 e 2010. Segundo o estudo, “se veem como analíticos, pragmáticos, frágeis, adaptativos, mente-aberta e socialmente responsáveis”. Mais afetuosos, eles são mais suscetíveis a formar famílias e construir lares. Além disso, buscam pesquisar em múltiplas fontes antes de tomar uma decisão de compra.

    São a primeira geração que viveu o contato direto com a era da inteligência artificial, realidade aumentada entre as atividades humanas reais. Acreditam no diálogo – online, por maioria – para solucionar conflitos. 98% têm um smartphone, em contraposição aos 94% dos millenials. Realizam a maioria de suas compras online, e 80% se recusa a comprar de companhias envolvidas em escândalos de reputação. Permanecem constantemente conectados com a web, assistindo cerca de 68 vídeos por dia.

    Quanto ao futuro, são pessimistas frente à sociedade, e priorizam viajar e conhecer o mundo (56%), ganhar mais dinheiro (52%) mais do que construir um lar (47%).

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    Mudanças no fitness

    Todas as tendências apontam para dois fatores principais: tecnologia e posicionamento de marca. Os mais jovens precisam estar conectados além do estabelecimento físico, por meio de redes sociais e aplicativos específicos. Isso não trará resultados se a marca, por sua vez, não manter uma postura, tom de voz e valores que sejam os mesmos tanto no local quanto nas redes sociais e nas plataformas de atendimento.

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    “Gestores não podem mais adotar um modelo genérico de atendimento universal para aproximar o funcionamento e o marketing. Uma coisa é certa, fazer negócios nas próximas décadas vai requerer um incrível grau de fluidez entre operações e marketing, centrados ao redor dos interesses e vontades das gerações Y e Z”, conclui o estudo. A verdade é que a necessidade de branding e comunicação pode ser o passo entre o destaque e o esquecimento, e sairá na frente quem souber especializar os seus serviços.