QUERO ASSOCIAR

    19510533_1425329934228417_1965515831860009237_n

    Foto: Divulgação

    A Revista ACAD Brasil divulgou, na edição 80,  uma matéria sobre um novo modelo de negócios: as aulas avulsas nas academias. Confira abaixo, a reportagem na íntegra:

    Na contramão do mercado nacional de fitness, algumas empresas brasileiras já adotaram como estratégia a venda de aulas avulsas. As marcações on-line, a escolha dos horários é livre e os preços podem pesar no bolso – cada aula custa cerca de R$ 50,00. Dez aulas podem sair entre R$ 350, 00 e R$ 450,00, em promoção. Para muitos adeptos, compensa. O público é variado, mas os jovens são os que mais investem nessa opção: Eles adoram ter liberdade de escolher dia e hora que querem malhar e ainda marcar as aulas pelo celular.

    Mas como manter o cliente fiel, sem cobrar mensalidade? As academias que apostaram nesse modelo estão tendo sucesso?

    A resposta à fidelização pode estar nos mimos luxuosíssimos para ganhar a atenção dos clientes: toalhas à vontade, sapatilhas para usar na bike, demaquilante, shampoo, condicionador e hidratante. Um ambiente com iluminação moderna, músicas muito animadas e um professor que não deixa ninguém parado um minuto. São aulas dinâmicas, onde o cliente recebe atenção, tem um treinamento motivacional, pode ouvir suas músicas preferidas e ainda marcar os treinos e acompanhar os resultados, tudo on-line.

    Agora, se a conta fecha? Parece que sim. A equipe da Revista ACAD Brasil conversou com um empresário que inaugurou a oitava unidade de sua rede bike e funcional, justamente nesse modelo: uma aposta nas mais modernas tendências de wellness, que têm conquistado principalmente jovens antenados, que querem independência nas escolhas, ambientes multimídia, treino com diversão e nada de compromisso ou de pagar um ano de plano.

    Empresário neozelandês traz modelo de Nova Iorque para academia brasileira

    Mais de 12 mil quilômetros separam a Nova Zelândia do Brasil, ou a terra natal de Shane Young do país que ele escolheu para viver e montar o seu negócio. O neozelandês, que mora em São Paulo há oito anos, é o empresário por traz do Studio Velocity, marca 100% brasileira, criada em 2014 e que este ano abre para franquia.

    A empresa tem oito estúdios próprios – quatro na capital paulista, um em Campinas, um no Rio de Janeiro e mais dois no México. Young não vem de uma carreira no mercado fitness, mas sim do mercado financeiro. Talvez por isso, não revele os valores da empresa, diz apenas que o maior investimento da marca é em equipamento  e em treinamento de pessoal  e que o retorno do que foi aplicado em cada unidade costuma vir em 24 meses.

    1911901_603859746375444_693893325_n

    Foto: Divulgação

    ACAD BRASIL: O Velocity é inspirado em algum modelo de negócios internacional?

    Shane Young: Sim. O conceito é internacional e tem base no ciclismo não só como exercício, mas principalmente como diversão, e em uma experiência que leva em conta luz, música e tem o instrutor, que comanda a aula, como importante ferramenta para o sucesso do negócio. Apesar de a empresa ser brasileira, o modelo é inspirado em estúdios boutiques de Nova Iorque, especializados em bike. Analisamos o mercado no Brasil e vimos que havia espaço para apostar nesse modelo.

    AB: Como manter a viabilidade financeira, em um cenário ainda não favorável no país?

    SY: O modelo foi pensado, repensado e planejado. Temos expectativa de retorno do investimento em, no mínimo, dois anos. Então é uma aposta alta para cogitarmos a ideia de não funcionar. O produto é bom, é uma novidade para o cliente. A viabilidade financeira deste negócio está baseada na certeza de que entregamos uma experiência diferente para o cliente.

    AB: Vocês oferecem pequenos luxos. Faz parte da estratégia?

    SY: Cada treino é preparado para que o cliente atinja ao máximo o seu potencial e condicionamento físico, trabalhando o corpo e a mente. Subidas, sprints, resistência, força e diversos outros estímulos durante a aula, tudo pensado para um exercício que trabalhe o corpo inteiro. Enquanto o aluno pedala, ele também faz exercícios para os braços, com halteres, e para o abdômen. Mas sim, os pequenos luxos são fundamentais: as toalhas, o ambiente moderno, com iluminação diferenciada, equipamentos da mais alta tecnologia... A ideia é transformar a prática do exercício físico em uma experiência agradável. O praticante pode cantar suas músicas favoritas, monitorar seus resultados e suas emoções.

    AB: Na contramão do tradicional mercado, onde o cliente paga por um plano anual, no Velocity o cliente paga por aula. Como fazê-lo voltar e mantê-lo fiel à marca?

    SY: Criamos uma experiência e estamos certos de que ela é boa, diferente e excitante, fazendo com que as pessoas queiram voltar muitas e muitas vezes. É assim que vamos fidelizando os clientes. As pessoas viajam pelo mundo, conhecem novas academias e querem experiências mais personalizadas e que elas possam escolher e decidir quando fazer.  O Brasil ainda é carente de serviços especiais e diferenciados.