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    A crise ocasionada pelo novo coronavírus está realçando a necessidade dos gestores se preocuparem com questões além da manutenção do ambiente da academia: novas formas de atendimento ao cliente, presença nas redes sociais, cuidado com os funcionários e entre outros. Porém, no meio de tudo isso, como ficam as finanças do negócio?

    Muito se tem debatido sobre a perspectiva jurídica das políticas de pagamento que devem ser adotadas nesse período, uma vez que, por mais que as portas estejam fechadas, ainda é preciso pagar os colaboradores e o aluguel. Porém, do ponto de vista comercial, continuar cobrando o cliente sem pensar em proporcionar alternativas para a prática de exercícios em regime de quarentena não é uma boa ideia.

    A verdade é que o consumidor pode sim pedir rescisão do contrato, se o serviço – que é a base do acordo – não estiver sendo prestado. O que se deve fazer, portanto, é com que ele não sinta vontade de fazê-lo. Listamos aqui táticas para contornar esta problemática de forma benéfica para os negócios e para o público.

     

    Rever a estrutura de custos

    Em momentos frágeis como este, um processo de “detox” das despesas é mais que bem-vindo. Luis Amoroso, especialista em gestão de negócios do fitness, defende que não se deve arcar com custos que não são estritamente necessários. É hora de colocar tudo na ponta do lápis, rever desde os gastos com energia até os utensílios que estão sobrando.

    Use esse tempo parar fazer uma reavaliação de contas, analise a estrutura de custo, ver onde estão as gorduras que podem ser queimadas. Se proteja mantendo os recebimentos de mensalidades”, orienta o consultor.

     

    Reinvente-se para evitar os cancelamentos

    Sabendo que é constitucional que o consumidor possa cancelar o contrato se o serviço não está sendo prestado, a solução é óbvia: buscar formas de continuar oferecendo-o. Sobre isso, Luis é firme em sua opinião: “Os proprietários não estão agindo, não sei se por pânico ou por medo. Eles simplesmente baixam as portas, mas essa não é a solução. Não pensar pequeno. Tenha um plano de ação. O que você tem a perder se não der certo? Fechar é pior coisa que pode acontecer”. Aqui no blog da IHRSA, listamos diversas alternativas que podem te ajudar a permanecer operando durante a crise.

    Aulas online, as redes sociais, que já fazem parte da vida do público, são a maior solução. É essencial pensar em novas formas de estar presente no dia a dia das pessoas, de forma que elas “não percebam” que o serviço presencial parou de ser oferecido.

    “Fale com seus professores para prescreverem treinos personalizados. Mantenha suporte e proximidade. Não use apenas o digital, nesse momento não tem nada melhor do que falar com alguém. Nesse momento precisamos de presença real: contato pessoal, ter aulas online e help desk, ajudar o cliente e tirar dúvidas”, recomenda Luis.

     

    Disponibilize novas políticas para cada tipo de assinatura

    O especialista aconselha que se trabalhe com sistemas de “compensação”, a fim de que os pagamentos sejam mantidos. Para os diversos tipos de contrato, o recomendável é que se proponha uma medida diferente.

    No caso de acordos longos, como os anuais, pode-se deliberar o acréscimo de semanas ou meses – o cliente não está frequentando agora, mas, ganhará o direito de usufruir o mesmo tempo quando a academia reabrir. Outra medida é adicionar um “crédito”, direcionando o investimento referente ao tempo em que o consumidor não usar a academia, para ser usado comprando outros produtos e serviços.

    Para planos curtos ou mensais, a possibilidade de renovação é mais complicada. O melhor, nessa situação, é oferecer um novo plano, desta vez englobando outros serviços. Talvez um pacote mais barato e com diferenciais, deixando claro que a solução é temporária.

    Em ambas possibilidades, orienta-se que não entre prontamente em contato com o cliente. Espere que ele te procure, e só neste momento apresente a ele as propostas. Se você tiver uma boa presença digital, a tendência é que ele nem sinta este ímpeto.

     

    Prepare-se para quando tudo voltar ao normal

    “Quanto melhor você atua ao longo do período de paralização, melhor é a sua visibilidade na volta. A volta será uma corrida contra o tempo, se ficar fechada 45 dias, a corrida será mais desafiadora ainda.”, compartilha Luis.

    Aprenda as lições, que são muito preciosas. Todo este cenário era imprevisível, porém, as novas práticas adotadas podem trazer melhorias perpétuas para o negócio.

     

    A IHRSA está disponibilizando conteúdos especiais para te ajudar a manter os seu negócio funcionando, de forma a continuar oferecendo a melhor experiência para os seus clientes e funcionários. Para aprender ainda mais sobre como se proteger, acesse uma matéria sobre a proteção contra doenças virais clicando aqui. Para mostrar ao seu público a importância de continuar se exercitando, confira este artigo.