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    A era da interatividade digital

    Em 2006, a Amazon introduziu as primeiras plataformas de compartilhamento de dados por "nuvem" e a tecnologia se tornou onipresente, de lá para cá. De acordo com um estudo realizado pela empresa de informática McAfee, hoje ela é adotada por mais de 90% das organizações em todo o mundo.

    E no mercado fitness não é diferente.

    As academias fazem uso da “nuvem” para coletar dados que são vitais para o gerenciamento do negócio, como gastos e manutenção, de forma que o serviço jamais seja interrompido por esses motivos.

    Os estabelecimentos também podem determinar com que frequência equipamentos e aplicativos estão sendo usados, o que ajuda a determinar melhor sobre o que os alunos gostam atualmente ou podem vir a apreciar no futuro.

    Grande parte dos equipamentos disponíveis no mercado funciona com aplicativos e wearables que os alunos usam para definir suas metas pessoais, progredir em seus treinos, visualizar seus resultados e compartilhá-los com outras pessoas.

    De olho nessa demanda, fabricantes como a Precor, Technogym e Life Fitness têm buscado a inovação.

    Hoje, a Mywellness Cloud, da Technogym, está presente em cerca de 14 mil instalações de fitness e bem-estar de todo o mundo. Com isso, atinge mais de 10 milhões de usuários. Já a Precor, com a Preva, coleta dados de cerca de 500 mil treinamentos por dia, oriundos de 8 mil máquinas que estão espalhadas em 92 países. A Life Fitness, que só recentemente introduziu seu Halo, conta com uma base de dois milhões de usuários.

    Qual é o segredo?

    Com o tempo, as plataformas Preva, da Precor, e Mywellness Cloud, da Technogym, tornaram-se cada vez mais poderosas, e a Halo está surgindo com impressionante influência.

    O segredo é contar com uma plataforma aberta, que permite a integração perfeita com aplicativos criados por terceiros. Essas parcerias podem ampliar os recursos das fabricantes de forma exponencial, oferecendo acesso a uma ampla gama de funções complementares.

    Para os alunos, essas parcerias também proporcionam o estabelecimento de metas e dados sobre os seus treinos, quer eles estejam no interior da academia ou realizando uma atividade em qualquer outro local.

    Conheça um pouco mais sobre cada plataforma!

    Halo Fitness Cloud

    Para desenvolver o Halo Fitness Cloud, que foi apresentado durante a IHRSA 2018, a Life Fitness criou o Digital Venture Group. A missão do produto, segundo o presidente da empresa, Jaime Irick, é ser a plataforma que conecta o mundo ao fitness.

    O Halo tem o objetivo de produzir insights que turbinam os resultados da academia e do aluno. “Temos uma filosofia verdadeiramente aberta quanto à abordagem da tecnologia e a construção de parcerias. Se você é um operador, não insistimos para que você leve tudo da Life Fitness. Queremos criar uma plataforma que impulsione o mercado fitness como um todo”, afirma Irick.

    Progresso perpétuo de Preva

    O Preva, da Precor, em breve oferecerá acesso a jogos, sistema de treinamento cardiovascular e de recompensas, compiladores de dados de saúde, bem-estar e muito mais. E fará tudo de forma planejada para oferecer um serviço altamente personalizado e envolvente que reflita os valores das marcas de seus clientes.

    O sistema já usa dados para mensurar os resultados dos alunos e dos operadores. Além disso, a tecnologia é capaz de avaliar a condição de uso dos equipamentos.

    Mywellness Technogym

    Com em oferecer ao usuário informações valiosas relacionadas a seus resultados de saúde e bem-estar, o Mywellness passará a oferecer mais recursos sob demanda por meio da combinação de aplicativos próprios e de parceiros.

    Para os estabelecimentos, o sistema disponibiliza avaliações sob demanda, prescrição de exercícios, formatação de aulas, monitoramento de resultados, promoções automatizadas e avaliação do uso de equipamentos.

    Colaboração ou competição?

    Em suma, as plataformas das três fabricantes oferecem informações valiosas. Mas será que uma superará as demais?

    Segundo Ted Vickey, presidente e fundador da FitWell, uma empresa internacional de gerenciamento e design de fitness e membro do Fitness Industry Technology Council, a tendência, na verdade, é de colaboração mútua. Isso porque qualquer sistema de “nuvem” deve ter código aberto e estar disponível para todos, com academias, alunos e todos os outros capazes de compartilhar dados livremente.

    “Se os fornecedores de equipamentos oferecem serviços de ‘nuvem’ como diferencial de venda, eles também devem permitir a transferência de todos os dados coletados, caso uma academia decida trocar de fornecedor no futuro”,ele explica.